O uso dos PORQUÊS
a) PORQUE é conjunção subordinativa causal, conjunção subordinativa final ou conjunção coordenativa explicativa, e é usado em frases afirmativas e negativas, NUNCA em perguntas:
“Ele viajou porque foi chamado para assinar contrato.” (Conjunção subordinativa causal)
“Ele não foi porque estava doente.” (Conjunção subordinativa causal)
“Abra a janela, porque o calor está insuportável.” (Conjunção coordenativa explicativa)
“Ele deve estar em casa, porque a luz está acesa.” (Conjunção coordenativa explicativa)
"Estudem, porque aprendam." (Conjunção subordinativa final)
b) PORQUÊ é a forma substantivada (=antecedida de artigo “o” ou “um”), e é usado em frases afirmativas, negativas e até mesmo em interrogativas. Geralmente dá para substituí-lo por "motivo":
“Quero saber o porquê da sua decisão.” = "Quero saber o motivo da sua decisão."
“A professora quer um porquê para tudo isso.” = "A professora quer um motivo para tudo isso."
"Qual é o porquê de você ter tirado essas notas horríveis?" = "Qual é o motivo de você ter tirado essas notas horríveis?"
c) POR QUÊ = usa-se em interrogativas (diretas ou indiretas) e SEMPRE no fim da oração (= antes de pausa):
“Parou por quê?” = Interrogativa direta
“Ele não viajou por quê?” = Interrogativa direta
“Se ele mentiu, eu queria saber por quê.” = Interrogativa indireta
“Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram.” = Interrogativa indireta
d) POR QUE = usa-se:
1. em frases interrogativas diretas ou indiretas (desde que não esteja no final da frase, caso estiver no final da frase, será usado o "por quê" (separado e com acento):
“Por que você não foi?” (=pergunta direta)
“Gostaria de saber por que você não foi.” (=pergunta indireta)
2. quando for substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, PELAS QUAIS:
“Só eu sei as esquinas por que passei.” (=pelas quais)
“É um drama por que muitos estão passando.” (=pelo qual)
“Desconheço as razões por que ela não veio.” (=pelas quais)
3. quando houver a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:
“Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada.” (=pelos quais)
“Não sei por que motivo ele não veio.” (=por qual)
“Não sei por que ele não veio.” (=por que motivo, por qual motivo).
Adjunto Adnominal
É o termo da oração que caracteriza ou delimita o significado de um substantivo.
PEX:
Os alunos estudiosos passaram no concurso.
Observe que o sujeito da oração é OS ALUNOS ESTUDIOSOS. Tal sujeito é constituído pelo núcleo ALUNOS (substantivo) e por dois adjuntos adnominais: OS e ESTUDIOSOS
Ele só lê antigos livros de aventuras.
Os termos antigos e de aventuras são adjuntos adnominais, visto que caracterizam o substantivo livros.
Os Adjuntos Adnominais podem ser expressos por:
Adjetivos: terras férteis; ares poluídos.
Artigos: o concurso; uma mulher.
Pronomes Adjetivos: minha apostila; este país.
Numerais: duas orelhas; primeiro ano.
Locuções adjetivas: casa de madeira; livro do professor.
Adjunto Adverbial
É o termo da oração que gira em torno de verbos, adjetivos e advérbios, modificando-lhes o sentido.
O adjunto adverbial pode ser expresso por um advérbio ou por uma locução adverbial.
PEX:
Arthur chegou rapidamente.
O termo rapidamente exerce a função de adjunto adverbial, visto que está modificando o sentido do verbo chegou.
Estou bastante cansado.
O termo da oração bastante exerce a função de adjunto adverbial, visto que está modificando o sentido do adjetivo cansado.
O menino nadou muito mal.
O termo da oração muito exerce a função de adjunto adverbial, visto que está diretamente relacionado ao advérbio mal.
Complemento nominal
Há nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) que, por não terem sentido completo, exigem um termo para completá-lo.
A esse termo, dá-se o nome de complemento nominal (sempre precedido de preposição).
PEX:
-Impedimos a derrubada da mata.
Derrubada: substantivo
Da mata: complemento nominal.
-Você é igual a ele.
Igual: adjetivo.
A ele: complemento nominal.
Estamos longe da estação.
Longe: advérbio.
Da estação: complemento nominal.
Diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal.
Quando o termo da oração se refere ao substantivo indicando posse, origem, matéria, semelhança, qualidade, trata-se de adjunto adnominal.
PEX:
-Encontrei a bolsa de Maria. (posse)
-Tomei a água da fonte. (origem)
-Comprei um anel de brilhantes. (matéria)
-Ele tem cara de cavalo. (semelhança)
-É um homem sem caráter. (qualidade)
ATENÇÃO!
01) DECLARAÇÃO DO PREFEITO (adjunto adnominal)
Obs.: Note que o prefeito é o agente da ação de declarar.
02) DECLARAÇÃO DE GUERRA (complemento nominal)
Obs.: Agora, o termo “de guerra” não é adjunto adnominal porque não é o agente da ação de declarar.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. EX: No despertador deram treze horas.
2) Os verbos que não podem ter sujeito, ou seja, os verbos chamados impessoais, são usados sempre na 3ª. Pessoa do singular. EX: Chove bastante. Faz invernos rigorosos
3) Verbo transitivo direto + se + sujeito paciente = o verbo concorda normalmente com o sujeito. EX: Vendem-se bicicletas.
4) No coletivo no singular deixa o verbo no singular, mesmo que venha seguido de nome no plural. EX: Um bando de “malacos” depredou a escola.
5) Se o sujeito for ligado pela preposição com, o verbo irá ao plural, se não desejar dar destaque a nenhum elemento.
EX: O príncipe com sua comitiva ficarão hospedados neste hotel.
O príncipe, com alguns membros da corte, ficará hospedado neste hotel.
6) O verbo viver, nas orações optativas, deve concordar normalmente com o sujeito, que neste caso aparece proposto.
Ex: Viva a noiva! Vivam os noivos!
7) Nomes que terminam em – s exigem o verbo no plural somente se estiverem acompanhados de determinante no plural; caso contrário, o verbo fica no singular.Ex: O Amazonas deságua no Oceano Atlântico.
8) Coletivos partitivos ( a maioria de, grande parte de, bom numero de, metade de, etc) seguidos de nomes no plural, deixam o verbo no singular (concordando com eles), ou vão ao plural ( concordando com o nome posposto a eles).Ex: A maioria dos homens pagou/pagaram ingresso.
9) Números percentuais e fracionários exigem a concordância normal.
EX: Trinta por cento da cidade estão inundados.
10) O pronome que não interfere na concordância; o pronome quem, porém, exige o verbo na 3ª . pessoa do singular.
EX: Sou eu que faço tudo aqui, mas são eles quem ganha a fama.
11) Quando ocorrem dois pronomes, o verbo concorda com o segundo pronome, se ambos estão no plural, mas concordará com o primeiro pronome, se possuírem números distintos. EX: (ambos os pronomes no plural – Quais de nós estaremos vivos amanhã?) (pronomes de nomes distintos – Qual de nós estará vivo amanhã?)
12) Todos os pronomes de tratamento são da 3ª. Pessoa; portanto exigem o verbo nessa pessoa.EX: V. Excelência acordou cedo hoje!
13) Um + substantivo + que exigem o verbo na 3ª. Pessoa do singular, a exemplo de o primeiro que, o último que, o único que. EX: Sou um homem que acredita em Deus.
14) O verbo concorda com o numeral que acompanha expressões tais como mais de, menos de, cerca de, perto de, etc.Ex: Menos de duas pessoas no cinema - Mais de um aluno passou.
15) A expressão um dos que exige, no português contemporâneo, o verbo obrigatoriamente no plural.
EX: Manuel é um dos que mais reclamam, mas um dos que menos ajudam. Serei eu um dos que votarão na oposição.
Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:
1- Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.
2- Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
3- Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:
As homônimas podem ser:
1- Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);
2- Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);
3- Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);
4- Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.
5- Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
6- Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São (Presente do verbo ser) - São (santo)
Conotação e Denotação:
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.
Alfabeto - ganha três letras
Antes Depois
23 letras 26 letras: entram k, w e y
Trema – desaparece em todas as palavras da língua portuguesa
Antes Depois
Freqüente, lingüiça, agüentar Frequente, linguiça, aguentar
* Fica o acento em nomes de origem estrangeira, como, por exemplo: Müller, Bündchen, entre outros.
Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)
Antes:
Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia
Depois:
Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia
* Herói, papéis, troféu, entre outras, mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte, ou seja, é uma oxítona, e não paroxítona).
Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas
Antes Depois
Baiúca, bocaiúva, feiúra Baiuca, bocaiuva, feiura
* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí
Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)
Antes:
Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos
Depois:
Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos
Acentuação 4 – some o acento diferencial
Antes Depois
Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa Para, pela, pelo, polo, pera, coa
* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição), pôde (pretérito) / pode (presente) e tem (3ª pessoa do singular no presente do indicativo) / têm (3ª pessoa do plural no presente do indicativo). Fôrma (substantivo), para diferenciar de forma (substantivo ou verbo), pode receber acento circunflexo, ou seja, é facultativo nesse caso. Também é facultativo o uso de acento agudo nas formas verbais da 1ª pessoa do plural no pretérito do indicativo (cantámos, amámos, brincámos, etc) para distingui-la das formas verbais da 1ª pessoa do plural no presente do indicativo (cantamos, amamos, brincamos, etc).
Acentuação 5 – some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar
Antes Depois
Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você Averigue, apazigue, ele argui, enxague você
Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas
Hífen – veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:
Regência Verbal
Parte I
O que é Regência Verbal?
É o qual cada verbo exige um tipo de construção para manifestar o seu sentido, ou seja cada verbo precisa ter um tipo de construção na frase para que se empregue corretamente o sentido exigido.
Ex: O Verbo CASAR tem uma regência com a palavra COM.
Você sempre fala casar com alguém.
- Casei com Maria.
- Casei com Mévio.
O Verbo NOIVAR também tem regência com a palavra COM.
- Noivei com Maria.
- Noivei com Mévio.
Portanto, Os Verbos Casar e Noivar exigem como regência a palavra COM
Entao, veremos qual é o principal ERRO DE REGÊNCIA que acontece nas provas de vestibulares e que comentemos em nosso dia-a-dia.
O principal ERRO DE REGÊNCIA é o que chamamos de "Contaminação"
"Contaminação" é quando as pessoas por trabalharem muito com um tipo de verbo, acabam contaminando outro verbo que não tem aquela regência.
Por Exemplo: Casar com
Noivar com
Por contaminação as pessoas falam namorar com. (Isso é um erro básico de regência)
Namorar xxx ---> O Verbo Namorar + zero
Por exemplo: Casei com Maria
Noivei com Maria
Namorei Maria; e não com Maria
É com esses Erros de Regência é que devemos ficar atentos.
Segue abaixo os Erros de Rêgencia, ou seja os Erros de Contaminação mais comuns do Português.
Tipo de Erro de Regência ( Contaminação) - São basicamente Dois.
Verbo desobedecer / obedecer que foram contaminados pelo verbo desrespeitar / respeitar
O verbo (des)respeitar nós usamos + zero.
Ex: Respeito meu pai.
Respeito minha mãe. (Não precisa de nenhuma palavra ligando)
E aí as pessoas começam a fazer isso com os Verbos desobedecer / obedecer.
Ex: Eu obedeço meu pai e eu desobedeço minha mãe. (que é errado), pois como manda a Gramática os Verbos desobedecer / obedecer são regidos por a
desobedecer / obedecer + a
Ex: Obedeço a meu pai
Desobedeço a minha tia
Então não deixem contaminar pelo verbo (des)respeitar +zero no uso dos verbos desobedecer / obedecer
Outro Verbo que já se contaminou muito no Português é o Verbo Preferir que foi contaminado pelo Verbo Gostar.
O Verbo Preferir foi contaminado pelo Verbo Gostar mais de X do que de Y.
Ex: Eu gosto mais de Catchup do que de Mostarda. (uso correto em relação ao verbo gostar)
Acontece que, as pessoas começaram a falar assim com o Verbo Preferir
Ex: Ah! Eu prefiro mais Catchup do que de Mostarda. (uso incorreto, pois o Verbo Preferir não tem a mesma regência do Verbo Gostar). Cuidaaaado Pessoal!!!!
O Verbo Preferir +zero( com o objetos preferido) + a ( com o objeto desprezado)
Ex: Prefiro Catchup a Mostarda ( uso correto).
Então é errado pela Gramática falar "Prefiro mais Catchup do que Mostarda" ? (SIM, ERRADÍSSIMO)
PARTE II
Regência Verbal (com dois tipos de Regência)
O Verbo Assistir
O verbo Assistir quando ligado por:
+zero tem o sentido de DAR ASSISTÊNCIA. Ex: Assisti o Velhinho a atravessar a rua.
+a tem o sentido de VER. Ex: Assisti a um filme no Sábado.
+a tem o sentido de CABER DIREITO/ DEVER. Ex: Assisti ao meu pai dois reais.
O Verbo Aspirar
O verbo Aspirar
+zero tem o sentido de SUGAR O AR, INALAR Ex: Prof. Hey aspirou com seu " narizinho"
+a tem o sentido de OBJETIVAR, ALMEJAR Ex: Candidatos aspiram a uma vaga.
Cuidado com o emprego do Verbo Aspirar.
Ex: Maradona aspirou uma boa carreira
Maradona aspirou a uma boa carreira
O Verbo Visar
O verbo Visar
+zero tem sentido de DAR VISTO. Ex: A Polícia Federal visou o passaporte
+a tem sentido de OBJETIVAR, MIRAR COM A ARMA.Ex: Visou ao passarinho.
O Verbo Agradar
O verbo agradar
+zero tem sentido de ACARICIAR Ex: Eu agradei o cachorro
+a tem sentido de SER AGRADÁVEL Ex: Prof. Leandro agrada aos alunos
O verbo Querer
O verbo querer
+zero tem sentido de DESEJAR, POSSUIR FISICAMENTE Ex: Eu quero dinheiro.
+a tem sentido de ESTIMAR, QUERER BEM Ex: Eu quero ao meu pai.
Parte III
Regência Verbal ( Dupla Construção - Mesmo Significado)
Dupla Construção: verbos que têm duas regências por si; sem mudar os significados. Não é como o caso que nós estávamos vendo anteriormente.
1º Grupo de Verbos :
Avisar, Informar, Notificar, Prevenir, Alertar...
1º Forma de Utilizar:
Verbo + Zero alguém(pessoa) + de sobre algo(coisa)
Ex: Eu avisei os alunos do dia da prova
2º Forma de Utilizar
Verbo + a alguém(pessoa) + zero algo(coisa)
Ex: Eu avisei aos alunos o dia da prova.
Verbos Esquecer / Lembrar
1) Esquecer -se de ----> Eu me esqueci do dia do seu aniversário.
2) Esquecer - o +zero ----> Eu esqueci o dia do seu aniversário.
Verbos de Construção Fixa: são aqueles que não possuem duas construções, ou seja não podem dar significados diferentes.
Verbos Pagar / Perdoar / Agradecer
+zero tem o sentido de ALGO(COISA)
+a tem o sentido de ALGUÉM(PESSOA)
Ex: Paguei a dívida ao zelador
Paguei o cheque ao contador
Paguei o carnê hoje.
Regência Nominal
Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a".
Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por
Aversão a, para, por
Atentado a, contra
Bacharel em
Capacidade de, para
Devoção a, para, com, por
Doutor em
Dúvida acerca de, em, sobre
Horror a
Impaciência com
Medo a, de
Obediência a
Ojeriza a, por
Proeminência sobre
Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a
Acostumado a, com
Afável com, para com
Agradável a
Alheio a, de
Análogo a
Ansioso de, para, por
Apto a, para
Ávido de
Benéfico a
Capaz de, para
Compatível com
Contemporâneo a, de
Contíguo a
Contrário a
Curioso de, por
Descontente com
Desejoso de
Diferente de
Entendido em
Equivalente a
Escasso de
Essencial a, para
Fácil de
Fanático por
Favorável a
Generoso com
Grato a, por
Hábil em
Habituado a
Idêntico a
Impróprio para
Indeciso em
Insensível a
Liberal com
Natural de
Necessário a
Nocivo a
Paralelo a
Parco em, de
Passível de
Preferível a
Prejudicial a
Prestes a
Propício a
Próximo a
Relacionado com
Relativo a
Satisfeito com, de, em, por
Semelhante a
Sensível a
Sito em
Suspeito de
Vazio de
Advérbios
Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Crase
A crase é a fusão das vogais A + A.
Mas o que seriam esses dois "As"?
O primeiro A é uma Preposição, regida pelo termo anterior, e o segundo A é um Artigo Definido Feminino.
A + A = À
(Preposição) (Artigo) (A Craseado)
Ao invés de te ensinar regras totalmente complicadas, ensinar-te-ei alguns "testes" bem práticos para saber se há o "A Craseado" (À) em uma determinada frase.
1° Teste - Preposição
Vamos trocar o termo posterior por um termo MASCULINO e ver se aparecerá entre eles: "ao", "a" ou "o".
Caso apareça "ao" ou "a", HÁ CRASE.
Caso apareça "o", NÃO HÁ CRASE.
2° Teste – Artigo
Criar uma sentença com "gostar + posterior"
"Eu gosto da" – há crase.
"Eu gosto de" ou "Eu gosto do" – não há crase.
Exemplo 1:
Eu obedeço ____ lei (a ou à)?
1° Vamos trocar a palavra posterior por uma masculina.
Eu obedeço "ao" professor. (O correto é o "ao" nesse caso) (Já é um indício de que pode haver crase, então partamos para o segundo teste.)
2° Vamos trocar o termo anterior por "Eu gosto da", "Eu gosto de" ou "Eu gosto do". O correto é "Eu gosto da lei" (houve o termo "da")
A frase passou nos 2 testes, então haverá crase na frase.
R: Eu obedeço à lei.
Exemplo 2:
Vou ___ Fortaleza (a ou à)?
1° Vamos trocar a palavra posterior por uma masculina.
Vou "ao" Mediterrâneo (O correto é o "ao" nesse caso) (Já é um indício de que pode haver crase, então partamos para o segundo teste.)
2° Vamos trocar o termo anterior por "Eu gosto da", "Eu gosto de" ou "Eu gosto do". O correto é "Eu gosto de Fortaleza (não houve o termo "da", e sim o termo "de")
A frase não passou no segundo teste, então não haverá crase na frase.
R: Vou a Fortaleza.
Casos especiais os quais NÃO são cobertos pelos 2 testes:
1º Caso: Expressões adverbiais femininas.
Irá expressar lugar, modo, tempo, finalidade, etc.
SEMPRE haverá crase.
E é por um motivo bem simples: para não causar ambiguidade, ex:
Eu só vendo à vista. (não trabalho com cartão ou cheque, só em dinheiro, pagamento na hora).
Se eu colocar: Eu só vendo a vista. (estarei dizendo que estou vendendo meu olho).
2º Caso: Horário.
Teste para saber se há crase:
Vamos trocar a hora por "meio-dia".
Quando aparecer "ao", haverá crase. Quando aparecer "o", não haverá crase.
Ex: Trabalhamos das duas ___ quatro (as ou às) ?
Trabalhamos das duas "ao" meio-dia. O termo "ao" apareceu, logo, há crase na frase.
R: Trabalhamos das duas às quatro.
Ex: Vou ficar aqui até ___ cinco da tarde (as ou às) ?
Vou ficar aqui até "o" meio-dia. O termo "o" apareceu, logo, NÃO há crase na frase.
R: Vou ficar aqui até as cinco da tarde.