segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ADJUNTO ADNOMINAL / ADJUNTO ADVERBIAL E COMPLEMENTO NOMINAL


Adjunto Adnominal

É o termo da oração que caracteriza ou delimita o significado de um substantivo.

PEX:
Os alunos estudiosos passaram no concurso.

Observe que o sujeito da oração é OS ALUNOS ESTUDIOSOS. Tal sujeito é constituído pelo núcleo ALUNOS (substantivo) e por dois adjuntos adnominais: OS e ESTUDIOSOS

Ele só lê antigos livros de aventuras.

Os termos antigos e de aventuras são adjuntos adnominais, visto que caracterizam o substantivo livros.

Os Adjuntos Adnominais podem ser expressos por: 
Adjetivos: terras férteis; ares poluídos.
Artigos: o concurso; uma mulher.
Pronomes Adjetivos: minha apostila; este país.
Numerais: duas orelhas; primeiro ano.
Locuções adjetivas: casa de madeira; livro do professor.

Adjunto Adverbial

É o termo da oração que gira em torno de verbos, adjetivos e advérbios, modificando-lhes o sentido.

O adjunto adverbial pode ser expresso por um advérbio ou por uma locução adverbial.

PEX:
Arthur chegou rapidamente


O termo rapidamente exerce a função de adjunto adverbial, visto que está modificando o sentido do verbo chegou

Estou bastante cansado.

O termo da oração bastante exerce a função de adjunto adverbial, visto que está modificando o sentido do adjetivo cansado.


O menino nadou muito mal.


O termo da oração muito exerce a função de adjunto adverbial, visto que está diretamente relacionado ao advérbio mal.


Complemento nominal

Há nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) que, por não terem sentido completo, exigem um termo para completá-lo.

A esse termo, dá-se o nome de complemento nominal (sempre precedido de preposição).


PEX:
-Impedimos a derrubada da mata.


Derrubada: substantivo
Da mata: complemento nominal.

-Você é igual a ele.


Igual: adjetivo. 
A ele: complemento nominal.


Estamos longe da estação.


Longe: advérbio.
Da estação: complemento nominal.


Diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal.


Quando o termo da oração se refere ao substantivo indicando posse, origem, matéria, semelhança, qualidade, trata-se de adjunto adnominal.

PEX:
-Encontrei a bolsa de Maria. (posse)
-Tomei a água da fonte. (origem)
-Comprei um anel de brilhantes. (matéria)
-Ele tem cara de cavalo. (semelhança)
-É um homem sem caráter. (qualidade)


ATENÇÃO!

01) DECLARAÇÃO DO PREFEITO (adjunto adnominal)

Obs.: Note que o prefeito é o agente da ação de declarar.

02) DECLARAÇÃO DE GUERRA (complemento nominal)

Obs.: Agora, o termo “de guerra” não é adjunto adnominal porque não é o agente da ação de declarar.

Concordância Verbal - Casos com Sujeito Simples


1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. EX: No despertador deram treze horas.

2) Os verbos que não podem ter sujeito, ou seja, os verbos chamados impessoais, são usados sempre na 3ª. Pessoa do singular. EX: Chove bastante. Faz invernos rigorosos


3) Verbo transitivo direto + se + sujeito paciente = o verbo concorda normalmente com o sujeito. EX: Vendem-se bicicletas.


4) No coletivo no singular deixa o verbo no singular, mesmo que venha seguido de nome no plural. EX: Um bando de “malacos” depredou a escola.


5) Se o sujeito for ligado pela preposição com, o verbo irá ao plural, se não desejar dar destaque a nenhum elemento.

EX: O príncipe com sua comitiva ficarão hospedados neste hotel.
O príncipe, com alguns membros da corte, ficará hospedado neste hotel.


6) O verbo viver, nas orações optativas, deve concordar normalmente com o sujeito, que neste caso aparece proposto.

Ex: Viva a noiva! Vivam os noivos!


7) Nomes que terminam em – s exigem o verbo no plural somente se estiverem acompanhados de determinante no plural; caso contrário, o verbo fica no singular.Ex: O Amazonas deságua no Oceano Atlântico.



8) Coletivos partitivos ( a maioria de, grande parte de, bom numero de, metade de, etc) seguidos de nomes no plural, deixam o verbo no singular (concordando com eles), ou vão ao plural ( concordando com o nome posposto a eles).Ex: A maioria dos homens pagou/pagaram ingresso.



9) Números percentuais e fracionários exigem a concordância normal.

EX: Trinta por cento da cidade estão inundados.


10) O pronome que não interfere na concordância; o pronome quem, porém, exige o verbo na 3ª . pessoa do singular.

EX: Sou eu que faço tudo aqui, mas são eles quem ganha a fama.

11) Quando ocorrem dois pronomes, o verbo concorda com o segundo pronome, se ambos estão no plural, mas concordará com o primeiro pronome, se possuírem números distintos. EX: (ambos os pronomes no plural – Quais de nós estaremos vivos amanhã?) (pronomes de nomes distintos – Qual de nós estará vivo amanhã?)


12) Todos os pronomes de tratamento são da 3ª. Pessoa; portanto exigem o verbo nessa pessoa.EX: V. Excelência acordou cedo hoje!



13) Um + substantivo + que exigem o verbo na 3ª. Pessoa do singular, a exemplo de o primeiro que, o último que, o único que. EX: Sou um homem que acredita em Deus.


14) O verbo concorda com o numeral que acompanha expressões tais como mais de, menos de, cerca de, perto de, etc.Ex: Menos de duas pessoas no cinema - Mais de um aluno passou.



15) A expressão um dos que exige, no português contemporâneo, o verbo obrigatoriamente no plural.

EX: Manuel é um dos que mais reclamam, mas um dos que menos ajudam. Serei eu um dos que votarão na oposição.

domingo, 23 de setembro de 2012

Semântica


Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:

1- Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.

2- Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.

3- Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:

As homônimas podem ser:

1- Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);

2- Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);

3- Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);

4- Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.

5- Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.

6- Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São (Presente do verbo ser) - São (santo)

Conotação e Denotação:

Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.

Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.

O que muda com o Novo Acordo Ortográfico



Alfabeto - ganha três letras
                   Antes                                    Depois
                 23 letras                     26 letras: entram k, w e y


Tremadesaparece em todas as palavras da língua portuguesa                             
                   Antes                                                      Depois
Freqüente, lingüiça, agüentar            Frequente, linguiça, aguentar

* Fica o acento em nomes de origem estrangeira, como, por exemplo: Müller, Bündchen, entre outros.
  
Acentuação 1some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)
Antes:
Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia

Depois:
Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia

* Herói, papéis, troféu, entre outras, mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte, ou seja, é uma oxítona, e não paroxítona).
   
Acentuação 2some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas
             Antes                                           Depois
Baiúca, bocaiúva, feiúra             Baiuca, bocaiuva, feiura

* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí
  
Acentuação 3 some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)
Antes:
Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos

Depois:
Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos

Acentuação 4some o acento diferencial
                      Antes                                                              Depois
Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa                  Para, pela, pelo, polo, pera, coa

* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição), pôde (pretérito) / pode (presente) e tem (3ª pessoa do singular no presente do indicativo) / têm (3ª pessoa do plural no presente do indicativo). Fôrma (substantivo), para diferenciar de forma (substantivo ou verbo), pode receber acento circunflexo, ou seja, é facultativo nesse caso. Também é facultativo o uso de acento agudo nas formas verbais da 1ª pessoa do plural no pretérito do indicativo (cantámos, amámos, brincámos, etc) para distingui-la das formas verbais da 1ª pessoa do plural no presente do indicativo (cantamos, amamos, brincamos, etc).

Acentuação 5some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar
                                     Antes                                                                Depois
Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você       Averigue, apazigue, ele argui, enxague você

Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas

Hífenveja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Regência Verbal e Nominal

Regência Verbal

Parte I 
O que é Regência Verbal? 

É o qual cada verbo exige um tipo de construção para manifestar o seu sentido, ou seja cada verbo precisa ter um tipo de construção na frase para que se empregue corretamente o sentido exigido.

Ex: O Verbo CASAR tem uma regência com a palavra COM. 
Você sempre fala casar com alguém. 
- Casei com Maria.
- Casei com Mévio.

O Verbo NOIVAR também tem regência com a palavra COM.
- Noivei com Maria.
- Noivei com Mévio.

Portanto, Os Verbos Casar e Noivar exigem como regência a palavra COM

Entao, veremos qual é o principal ERRO DE REGÊNCIA que acontece nas provas de vestibulares e que comentemos em nosso dia-a-dia.

O principal ERRO DE REGÊNCIA é o que chamamos de "Contaminação"

"Contaminação" é quando as pessoas por trabalharem muito com um tipo de verbo, acabam contaminando outro verbo que não tem aquela regência.

Por Exemplo: Casar com
Noivar com

Por contaminação as pessoas falam namorar com. (Isso é um erro básico de regência) 
Namorar xxx ---> O Verbo Namorar + zero
Por exemplo: Casei com Maria
Noivei com Maria
Namorei Maria; e não com Maria
É com esses Erros de Regência é que devemos ficar atentos.

Segue abaixo os Erros de Rêgencia, ou seja os Erros de Contaminação mais comuns do Português.

Tipo de Erro de Regência ( Contaminação) - São basicamente Dois.

Verbo desobedecer / obedecer que foram contaminados pelo verbo desrespeitar / respeitar 

O verbo (des)respeitar nós usamos + zero
Ex: Respeito meu pai.
Respeito minha mãe. (Não precisa de nenhuma palavra ligando)

E aí as pessoas começam a fazer isso com os Verbos desobedecer / obedecer.

Ex: Eu obedeço meu pai e eu desobedeço minha mãe. (que é errado), pois como manda a Gramática os Verbos desobedecer / obedecer são regidos por a

desobedecer / obedecer + a 

Ex: Obedeço a meu pai
Desobedeço a minha tia

Então não deixem contaminar pelo verbo (des)respeitar +zero no uso dos verbos desobedecer / obedecer

Outro Verbo que já se contaminou muito no Português é o Verbo Preferir que foi contaminado pelo Verbo Gostar.

O Verbo Preferir foi contaminado pelo Verbo Gostar mais de X do que de Y.

Ex: Eu gosto mais de Catchup do que de Mostarda. (uso correto em relação ao verbo gostar)

Acontece que, as pessoas começaram a falar assim com o Verbo Preferir

Ex: Ah! Eu prefiro mais Catchup do que de Mostarda. (uso incorreto, pois o Verbo Preferir não tem a mesma regência do Verbo Gostar). Cuidaaaado Pessoal!!!!

O Verbo Preferir +zero( com o objetos preferido) + a ( com o objeto desprezado)

Ex: Prefiro Catchup a Mostarda ( uso correto).
Então é errado pela Gramática falar "Prefiro mais Catchup do que Mostarda" ? (SIM, ERRADÍSSIMO)

PARTE II
Regência Verbal (com dois tipos de Regência)

O Verbo Assistir

O verbo Assistir quando ligado por:

+zero tem o sentido de DAR ASSISTÊNCIA. Ex: Assisti o Velhinho a atravessar a rua.
+a tem o sentido de VER. Ex: Assisti a um filme no Sábado.
+a tem o sentido de CABER DIREITO/ DEVER. Ex: Assisti ao meu pai dois reais.

O Verbo Aspirar

O verbo Aspirar
+zero tem o sentido de SUGAR O AR, INALAR Ex: Prof. Hey aspirou com seu " narizinho"
+a tem o sentido de OBJETIVAR, ALMEJAR Ex: Candidatos aspiram a uma vaga.

Cuidado com o emprego do Verbo Aspirar.
Ex: Maradona aspirou uma boa carreira
Maradona aspirou a uma boa carreira

O Verbo Visar

O verbo Visar

+zero tem sentido de DAR VISTO. Ex: A Polícia Federal visou o passaporte
+a tem sentido de OBJETIVAR, MIRAR COM A ARMA.Ex: Visou ao passarinho.

O Verbo Agradar

O verbo agradar
+zero tem sentido de ACARICIAR Ex: Eu agradei o cachorro
+a tem sentido de SER AGRADÁVEL Ex: Prof. Leandro agrada aos alunos

O verbo Querer

O verbo querer
+zero tem sentido de DESEJAR, POSSUIR FISICAMENTE Ex: Eu quero dinheiro.
+a tem sentido de ESTIMAR, QUERER BEM Ex: Eu quero ao meu pai.


Parte III
Regência Verbal ( Dupla Construção - Mesmo Significado)

Dupla Construção: verbos que têm duas regências por si; sem mudar os significados. Não é como o caso que nós estávamos vendo anteriormente.

1º Grupo de Verbos :

Avisar, Informar, Notificar, Prevenir, Alertar...

1º Forma de Utilizar:

Verbo + Zero alguém(pessoa) + de sobre algo(coisa)

Ex: Eu avisei os alunos do dia da prova

2º Forma de Utilizar

Verbo + a alguém(pessoa) + zero algo(coisa)

Ex: Eu avisei aos alunos o dia da prova.

Verbos Esquecer / Lembrar
1) Esquecer -se de ----> Eu me esqueci do dia do seu aniversário. 
2) Esquecer - o +zero ----> Eu esqueci o dia do seu aniversário. 

Verbos de Construção Fixa: são aqueles que não possuem duas construções, ou seja não podem dar significados diferentes.

Verbos Pagar / Perdoar / Agradecer

+zero tem o sentido de ALGO(COISA)
+a tem o sentido de ALGUÉM(PESSOA)

Ex: Paguei a dívida ao zelador
Paguei o cheque ao contador
Paguei o carnê hoje.


Regência Nominal

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a".
Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
   
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Substantivos

Admiração a, por

Aversão a, para, por

Atentado a, contra

Bacharel em

Capacidade de, para

Devoção a, para, com, por

Doutor em

Dúvida acerca de, em, sobre

Horror a

Impaciência com

Medo a, de

Obediência a

Ojeriza a, por

Proeminência sobre

Respeito a, com, para com, por



Adjetivos

Acessível a

Acostumado a, com

Afável com, para com

Agradável a

Alheio a, de

Análogo a

Ansioso de, para, por

Apto a, para

Ávido de

Benéfico a

Capaz de, para

Compatível com 


Contemporâneo a, de

Contíguo a

Contrário a

Curioso de, por

Descontente com

Desejoso de

Diferente de

Entendido em

Equivalente a

Escasso de

Essencial a, para

Fácil de

Fanático por

Favorável a

Generoso com

Grato a, por

Hábil em

Habituado a

Idêntico a

Impróprio para

Indeciso em

Insensível a

Liberal com

Natural de

Necessário a

Nocivo a

Paralelo a

Parco em, de

Passível de

Preferível a

Prejudicial a

Prestes a

Propício a

Próximo a

Relacionado com

Relativo a

Satisfeito com, de, em, por

Semelhante a

Sensível a

Sito em

Suspeito de

Vazio de



Advérbios

Longe de

Perto de


Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Crase

Crase

A crase é a fusão das vogais A + A.

Mas o que seriam esses dois "As"?

O primeiro A é uma Preposição, regida pelo termo anterior, e o segundo A é um Artigo Definido Feminino.

          A                 +                A                          =                     À
(Preposição)                    (Artigo)                                  (A Craseado)


Ao invés de te ensinar regras totalmente complicadas, ensinar-te-ei alguns "testes" bem práticos para saber se há o "A Craseado" (À) em uma determinada frase. 

1° Teste - Preposição

Vamos trocar o termo posterior por um termo MASCULINO e ver se aparecerá entre eles: "ao", "a" ou "o".
Caso apareça "ao" ou "a", HÁ CRASE.
Caso apareça "o", NÃO HÁ CRASE.

2° Teste – Artigo

Criar uma sentença com "gostar + posterior"

"Eu gosto da" – há crase.
"Eu gosto de" ou "Eu gosto do" – não há crase.

Exemplo 1:

Eu obedeço ____ lei (a ou à)?

1° Vamos trocar a palavra posterior por uma masculina.

Eu obedeço "ao" professor. (O correto é o "ao" nesse caso) (Já é um indício de que pode haver crase, então partamos para o segundo teste.)

2° Vamos trocar o termo anterior por "Eu gosto da", "Eu gosto de" ou "Eu gosto do". O correto é "Eu gosto da lei" (houve o termo "da")

A frase passou nos 2 testes, então haverá crase na frase.

R: Eu obedeço à lei.
  
Exemplo 2:

Vou ___ Fortaleza (a ou à)?

1° Vamos trocar a palavra posterior por uma masculina.

Vou "ao" Mediterrâneo (O correto é o "ao" nesse caso) (Já é um indício de que pode haver crase, então partamos para o segundo teste.)

2° Vamos trocar o termo anterior por "Eu gosto da", "Eu gosto de" ou "Eu gosto do". O correto é "Eu gosto de Fortaleza (não houve o termo "da", e sim o termo "de")

A frase não passou no segundo teste, então não haverá crase na frase.

R: Vou a Fortaleza.


Casos especiais os quais NÃO são cobertos pelos 2 testes:

1º Caso: Expressões adverbiais femininas.

Irá expressar lugar, modo, tempo, finalidade, etc.

SEMPRE haverá crase.

E é por um motivo bem simples: para não causar ambiguidade, ex: 

Eu só vendo à vista. (não trabalho com cartão ou cheque, só em dinheiro, pagamento na hora).

Se eu colocar: Eu só vendo a vista. (estarei dizendo que estou vendendo meu olho).
  
2º Caso: Horário.

Teste para saber se há crase:

Vamos trocar a hora por "meio-dia".

Quando aparecer "ao", haverá crase. Quando aparecer "o", não haverá crase.

Ex: Trabalhamos das duas ___ quatro (as ou às) ?

Trabalhamos das duas "ao" meio-dia. O termo "ao" apareceu, logo, há crase na frase.

R: Trabalhamos das duas às quatro.

Ex: Vou ficar aqui até ___ cinco da tarde (as ou às) ?

Vou ficar aqui até "o" meio-dia. O termo "o" apareceu, logo, NÃO há crase na frase.

R: Vou ficar aqui até as cinco da tarde.

Acentuação Gráfica (Conforme o novo acordo ortográfico)


Acentuação Gráfica

A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos sinais escritos sobre determinadas letras para representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação do idioma. Existem 2 tipos de acento: O acento agudo (usado por padrão na vogal da sílaba tônica que se encaixa nas regras de acentuação) e o acento circunflexo (usado somente nas vogais A, E e O) e esse acento é empregado quando uma dessas vogais vierem antes das consoantes M e N ou então quando as mesmas tiverem som fechado.
Veremos essas regras a seguir.
Mas antes disto, temos que saber alguns conceitos sobre tonicidade da sílaba:

OXÍTONA: TONICIDADE NA ÚLTIMA SÍLABA (EXEMPLO: PA-PEL)
PAROXÍTONA: TONICIDADE NA PENÚLTIMA SÍLABA (EXEMPLO: CON-CEI-TO)
PROPAROXÍTONA: TONICIDADE NA ANTEPENÚLTIMA SÍLABA (EXEMPLO: ÁR-VO-RE)

REGRAS DE ACENTUAÇÃO:

I – PRIORIDADES À APLICAÇÃO
  * TODOS OS DITONGOS ABERTOS (ÉU - ÉI - ÓINAS OXÍTONAS E NOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS).
  EXEMPLO:
CÉU - DÓI - CHA-PÉU - NI-TE-RÓI
NÃO ACENTUAMOS OS DITONGOS ABERTOS NAS PAROXÍTONAS:
EXEMPLOS: I-DEI-A - JI-BOI-A

 * PAROXÍTONAS TERMINADAS EM DITONGO CRESCENTE E SEUS PLURAIS (CONTENDO S NO FINAL) - (EA - EO - IA - IE - IO - UA - UE - UO - OA)
EXEMPLOS: -SEA    -MEO    ÂN-SIA    -RIE    RE--GIO    -GUA    -NUE     ÁR-DUO    -VOA

 * REGRA DO HIATO – SE NA SEPARAÇÃO FICAR AS LETRAS I e U (SEGUIDAS OU NÃO DE S), TEM ACENTO.
EXEMPLOS:
RA–Í–ZES    SA-Ú-DE    FA-ÍS-CA    BA-LA-ÚS-TRE

NÃO ACENTUAMOS OS HIATOS COM I e U SOZINHOS NA SÍLABA QUANDO FOREM PRECEDIDOS DE NH OU DE DITONGO ANTERIOR À PAROXÍTONA

EXEMPLOS: RA-I-NHA    MO-I-NHO    FEI-U-RA

PORÉM, QUANDO A LETRA I(s) ou U(s) ESTIVER SOZINHA NA SÍLABA E FORMAR UM DITONGO ANTERIOR À ÓXITONA, ELA É ACENTUADA

EXEMPLOS: PI-AU-Í    TUI-UI-Ú

TAMBÉM NÃO ACENTUAMOS OS HIATOS COM I e U SOZINHOS NA SÍLABA CASO ESSAS LETRAS SEJAM REPETIDAS:

EXEMPLOS: XI-I-TA    SU-CU-U-BA

II - “PRINCÍPIO DA ECONOMIA” – QUE DIZ: AS PALAVRAS MAIS RARAS DA LÍNGUA SÃO AS QUE LEVAM ACENTO:

o   AS MAIS RARAS  DE TODAS SÃO AS PROPAROXÍTONAS  – PORTANTO, TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS SEM EXCEÇÃO!
EXEMPLOS: ÁR-VO-RE, TÉC-NI-CO, -DI-CO, TRÁ-FE-GO.

TERMINAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA APLICAR AS REGRAS DO PRINCÍPIO DA ECONOMIA:

a (as), e (es), o (os), em (ens)


o   MONOSSÍLABOS TÔNICOS – CONTENDO ESTAS TERMINAÇÕES (EXCETO EM(ens)), SÃO MAIS RAROS – PORTANTO, RECEBEM ACENTO
EXEMPLOS: , ,

o   OXÍTONAS – CONTENDO ESTAS TERMINAÇÕES, SÃO MAIS RARAS – PORTANTO, RECEBEM ACENTO
EXEMPLOS: MA-RA-CU-, BO-, RO-, A-MÉM, PA-RA-BÉNS

o   PAROXÍTONAS – CONTENDO ESTA TERMINAÇÕES, SÃO MUITO COMUNS - PORTANTO, NÃO RECEBEM ACENTO
EXEMPLOS: CA-DEI-RA, A-ZEI-TE, CON-CEI-TO, MEN-SA-GEM, HI-FENS

CURIOSIDADE: A PALAVRA "HÍFEN" RECEBE ACENTO POR SE TRATAR DE SER UMA PAROXÍTONA TERMINADA EM N "-FEN" (ESSA TERMINAÇÃO ESTÁ NA REGRA DO PRINCÍPIO DA ECONOMIA), AGORA O SEU PLURAL "HIFENS" NÃO RECEBE ACENTO, POIS É UMA PAROXÍTONA TERMINADA EM ENS "HI-FENS" (NA REGRA DO PRINCÍPIO DA ECONOMIA APARECE QUE AS PAROXÍTONAS TERMINADAS EM "ENS" NÃO LEVAM ACENTO).

·         OUTRAS TERMINAÇÕES:


o   MONOSSÍLABOS TÔNICOSNÃO RECEBEM ACENTO POR SEREM MENOS COMUNS
EXEMPLOS: BEM, MAR, MEL

o   OXÍTONASNÃO RECEBEM ACENTO POR SEREM MAIS COMUNS
EXEMPLOS: CA-JU, PO-MAR, PA-PEL

o   PAROXÍTONASRECEBEM ACENTO POR SEREM MENOS COMUNS
EXEMPLOS: POS--VEL, RE-VÓL-VER, -RI

domingo, 16 de setembro de 2012

Colocação Pronominal


Colocação Pronominal

É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.

A Colocação Pronominal irá "afetar" os seguintes pronomes oblíquos átonos:

Pronomes: me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos.

Estes pronomes têm três posições básicas em relação ao verbo:

1º Próclise: é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo.
Ex: Eu me calei.

2º Mesóclise: é a colocação pronominal no meio do verbo.
Ex: Calar-me-ei.

3º Ênclise: é a colocação pronominal depois do verbo.
Ex: Calei-me.

Entendido isso, fica muito fácil agora saber quando usamos próclise, mesóclise e a ênclise.

Dica: Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: primeiro tente fazer próclise, depois mesóclise e, em último caso, ênclise.
A posição preferencial pela Gramática no Português é a ênclise, ou seja, todo pronome vem preferencialmente depois do verbo, salvo quando algo o tire dessa posição.

Então precisamos saber quando é que os pronomes NÃO vêm em Ênclise.

PRÓCLISE:

Com a palavra NARIS - D (com "s") temos o seguinte:

N negativas: não, nunca, jamais...
A advérbios: hoje, amanhã, sempre...
R relativas: que, qual, cujo...
I indefinidos (nada, algum, nenhum...) & interrogativos (quem, quando, como...)...
S sujeito (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas, você) & subordinadas (que contêm conjunções subordinativas)...

D demonstrativos: esse, essas, aqueles...

Observe os exemplos onde os pronomes oblíquos são atraídos pelo esquema acima:

1º (Negativas) Não SE meta nesse assunto
2º (Advérbios) Sempre TE disse a verdade.
3º (Relativas) Não acredite no jornal que LHE deram.
4º (Indefinidos) Alguém SE safou dessa.
5º (Interrogativos) Quem ME chamou?
6º (Sujeito) Nós O vimos ontem.
7º (Subordinadas) Embora SE arrependesse, não pediu desculpas.
8º (Demonstrativos) Este ME parece melhor que aquele.

Preste atenção nesses casos de próclise que NÃO estão cobertos pela regra do NARIS-D:

1º Verbos no GERÚNDIO com preposição EM atraindo o pronome para antes do verbo:

Ex: Em SE plantando, tudo dá.

2º Orações de desejo:

Ex: Deus TE proteja!

Macacos ME mordam!

MESÓCLISE:

É usada no futuro do presente e no futuro do pretérito:

Ex: Dir-LHE-ei alguma coisa em breve.
Desmentir-SE-iam, se pudessem.

ÊNCLISE:

Os Pronomes vêm sempre em Ênclise, e se tiver em um dos casos de NARIS D, vêm em próclise (negativas, advérbios, relativos, indefinidos, sujeitos/subordinadas e demonstrativos). Os casos mais comuns de ênclise são:

1º Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Amem-SE uns aos outros.
Sigam-ME e não terão derrotas.

2º Quando o verbo iniciar a oração (pois NUNCA se pode começar uma oração com um pronome oblíquo átono):
Diga-LHE que está tudo bem.
Chamaram-ME para ser sócio.

3º Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição "a":
Naquele instante os dois passaram a odiar-SE.
Passaram a cumprimentar-SE mutuamente.

4º Quando o verbo estiver no gerúndio (quando NÃO for precedido da preposição EM antes do pronome):
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-SE de despreocupada.
Despediu-se, beijando-ME a face.

5º Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-ME no mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-ME nas forças armadas.

6º Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: 
Não era minha intenção machucar-TE.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Este é um assunto realmente MUITO cobrado nas provas de vestibulares e concursos, e por sorte não é muito difícil de se entender.


Até agora estudamos a colocação pronominal com apenas um verbo. Mas o que ocorrerá se você tiver dois verbos formando a oração? Caso apareça uma locução verbal, você terá de analisar se há elementos para que ocorra próclise, ênclise ou mesóclise e quais os verbos principais dessa locução. Por vezes, haverá duas opções.
Relembrando: locução verbal é a reunião de dois ou mais verbos para exprimir uma só ação. primeiro verbo é chamado auxiliar; o último é o principal e está SEMPRE no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.


OBSERVAÇÕES MUITO IMPORTANTES ANTES DE COMEÇAR A FALAR SOBRE A COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS: 

1ª OBSERVAÇÃO: O PRONOME OBLÍQUO ÁTONO NUNCA PODE SER LIGADO A VERBO NO PARTICÍPIO.

2ª OBSERVAÇÃO (PRESTE EXTREMA ATENÇÃO A ESTA): A TENDÊNCIA NO BRASIL É A DE SE COLOCAR O PRONOME NO MEIO DOS VERBOS, MAS SEM HÍFEN. NESTE CASO, PASSA-SE A TER O PRONOME PROCLÍTICO AO PRINCIPAL, O QUE NÃO É A FORMA CORRETA.

Vejamos, agora, as regras da Colocação Pronominal nas Locuções Verbais:

1ª Regra:

NÃO HAVENDO fatores de Próclise, o verbo ou poderá ficar enclítico em relação ao verbo auxiliar ou poderá ficar enclítico em relação ao verbo principal (somente se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, pois vale lembrar que o pronome oblíquo átono NUNCA pode estar ligado a verbos no particípio.)

Exemplo: 


Teresa precisa-lhe falar algumas coisas.
Teresa precisa falar-lhe algumas coisas.


Pode-se perceber que, no exemplo acima, NÃO HÁ elementos que pedem próclise, pois "Teresa" não é um dos fatores encontrados no "NARIS-D" e nem nos casos especiais que não são cobertos pelo "NARIS-D" abordados anteriormente. Por essa razão, o pronome pode ficar ou enclítico em relação ao verbo auxiliar (precisa) ou então ficar enclítico ao verbo principal (falar). Lembrando que se o verbo principal estivesse no particípio e não houvesse fatores de próclise, o pronome deveria OBRIGATORIAMENTE ficar enclítico ao verbo auxiliar, já que o pronome oblíquo átono NUNCA pode ser ligado a verbos no particípio.

Ou seja, se NÃO HOUVER fatores de Próclise e o verbo principal estiver no particípio, o pronome deverá ficar OBRIGATORIAMENTE enclítico ao verbo auxiliar, como se pode ver no seguinte exemplo:

Teresa tinha-te falado algumas coisas.

Neste exemplo não poderia haver a construção "Teresa tinha falado-te algumas coisas." pelo fato de o verbo principal (falado) estar no particípio, e os pronomes NUNCA podem se ligar a verbos no particípio, havendo somente a opção de deixar o pronome enclítico em relação ao verbo auxiliar "tinha".

2ª Regra: 

HAVENDO fatores de Próclise, o verbo ou poderá ficar proclítico em relação ao verbo auxiliar ou poderá ficar enclítico em relação ao verbo principal (somente se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, pois vale lembrar que o pronome oblíquo átono NUNCA pode estar ligado a verbos no particípio.)

Exemplo:

Não lhe preciso falar algumas coisas.
Não preciso falar-lhe algumas coisas.

Pode-se perceber que, no exemplo acima, a palavra "Não", que é uma palavra de sentido negativo, ou seja, é um fator de próclise, como mostrado anteriormente. Por este fator, o pronome oblíquo átono pode ou ficar proclítico em relação ao verbo auxiliar (preciso) ou ficar enclítico em relação ao verbo principal (somente se o verbo principal for infinitivo ou gerúndio, pois vale lembrar que o pronome oblíquo átono NUNCA pode ser ligado a verbos no particípio.)


Ou seja, se HOUVER fatores de Próclise e o verbo principal estiver no particípio, o pronome deverá ficar OBRIGATORIAMENTE proclítico ao verbo auxiliar, como se pode ver no seguinte exemplo:

Não lhe tinha falado algumas coisas.

Neste exemplo não poderia haver a construção "Não tinha falado-lhe algumas coisas." pelo fato de o verbo principal (falado) estar no particípio, e os pronomes NUNCA podem se ligar a verbos no particípio, havendo somente a opção de deixar o pronome proclítico em relação ao verbo auxiliar "tinha".

OUTRA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: SE O VERBO AUXILIAR ESTIVER NO FUTURO DO PRESENTE OU NO FUTURO DO PRETÉRITO E NÃO HOUVER FATORES DE PRÓCLISE, OCORRERÁ MESÓCLISE EM RELAÇÃO A ELE OU PRÓCLISE EM RELAÇÃO AO VERBO PRINCIPAL (desde que o mesmo não esteja no particípio, já que nunca é demais ressaltar que o pronome oblíquo átono NUNCA se liga a verbos no particípio.

Exemplo:

Poder-se-á resolver o caso imediatamente.
Poderá resolver-se o caso imediatamente.

Observe que no exemplo acima o pronome pode tanto ficar mesoclítico em relação ao verbo auxiliar (poderá) ou enclítico em relação ao verbo principal (resolver), já que não houve verbo no particípio, mas sim no infinitivo.

Outro exemplo (desta vez usando o particípio):

Ter-me-iam entregado os convites.

Desta vez a única opção é usar a mesóclise em relação ao verbo auxiliar (teriam), pois não poderia haver a construção "Teriam entregado-me os convites." por causa que o verbo principal (entregado) está no particípio, e, lembrando mais uma vez, o pronome NUNCA se liga a verbos no particípio.

3ª Regra: 

Se houver, na oração, um verbo auxiliar + um verbo principal no infinitivo com preposição, o pronome poderá ficar proclítico ao verbo principal no infinitivo ou então poderá ficar enclítico ao mesmo.

Exemplo:


Começou a se preparar para o exame.
Começou a preparar-se para o exame.

Há, nesta oração, a preposição "a", o verbo auxiliar "começou" e o verbo principal "preparar" (no infinitivo). Por esta razão, pode-se colocar o pronome tanto antes do verbo principal (próclise) quanto depois do verbo principal (ênclise), como foi observado no exemplo acima.

Não se preocupe se você não conseguiu assimilar muito bem este conteúdo todo, segue abaixo um resumo com informações abordadas de maneira mais resumida e fácil de serem compreendidas e assimiladas.

RESUMO GERAL DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS:

- Verbo auxiliar + verbo principal infinitivo ou gerúndio SEM FATOR DE PRÓCLISE = Ênclise em relação ao verbo auxiliar ou Ênclise em relação ao verbo principal. Exemplo: 
"Teresa quer-lhe falar algumas coisas."
"Teresa quer falar-lhe algumas coisas."

- Verbo auxiliar + verbo principal infinitivo ou gerúndio COM FATOR DE PRÓCLISE = Próclise em relação ao verbo auxiliar ou Ênclise em relação ao verbo principal. Exemplo:
"Não lhe quero falar algumas coisas."
"Não quero falar-lhe algumas coisas."

- Verbo auxiliar + verbo principal particípio SEM FATOR DE PRÓCLISE = Ênclise em relação ao verbo auxiliar.
Exemplo: "Tinha-lhe contado a verdade."

- Verbo auxiliar + verbo principal particípio COM FATOR DE PRÓCLISE = Próclise em relação ao verbo auxiliar.
Exemplo: "Não lhe tinha contado a verdade."

- Havendo futuro do presente ou futuro do pretérito SEM FATOR DE PRÓCLISE, aplica-se a mesóclise em relação ao verbo auxiliar ou a ênclise em relação ao verbo principal (somente se este for infinitivo ou gerúndio, já que o pronome NUNCA se liga ao verbo no particípio).
Exemplo: 
"Poder-se-á resolver o caso imediatamente." << Mesóclise em relação ao verbo auxiliar (poderá).
"Poderá resolver-se o caso imediatamente." << Ênclise em relação ao verbo principal (resolver) (a ênclise pode ser usada neste caso já que o verbo principal (resolver) NÃO está no particípio.)

MAS:

"Ter-me-iam entregado os convites." << Mesóclise em relação ao verbo auxiliar (teriam), e não se pode usar a construção enclítica em relação ao verbo principal (entregado) "Teriam entregado-me os convites." (construção incorreta), já que o verbo principal está no particípio.


- Verbo auxiliar + verbo principal no infinitivo com preposição = Próclise ou Ênclise em relação ao verbo principal.

Exemplo:
"Começou a se preparar para o exame."
"Começou a preparar-se para o exame."